quarta-feira, 19 de junho de 2013

Clivia



Clivia miniata



Planta bolbosa originária das florestas da África do Sul e adaptada a condições de pouca luminosidade. Esta espécie é de cultivo bastante fácil e a sua vida pode ser bastante longa. Atinge uma altura máxima à volta dos 45 cm e apresenta flores cor de laranja, vermelhas ou amarelas, levemente perfumadas. Existem cultivares de folha matizada.



Rega – as Clivias necessitam de pouca rega e o excesso de água pode mesmo causar o apodrecimento das raízes. Se cultivar esta espécie em vaso deve-se certificar que os buracos de drenagem estão sempre desobstruídos.



Substrato de cultivo – Agradece um substrato bastante ligeiro, rico em húmus e matéria orgânica e com muito boa drenagem.



Adubação – de Março a Setembro de 15 em 15 dias deverá fornecer adubo líquido na água de rega.



Mudança de vaso – ao contrário da maioria das plantas a Clivia não sofre se as raízes estiverem comprimidas no vaso. Assim só será necessário mudar para um vaso maior a cada 3 ou 4 anos.

 

Poda – quando a flor secar deve-se cortar para evitar que se formem as sementes e sejam consumidas as reservas do bolbo. Caso isto aconteça a floração do próximo ano será mais pobre.



Pragas – a praga mais frequente na Clivia é a cochonilha farinhenta (Pseudococcus citri) que normalmente ataca a base das folhas.



Floração – para que as Clivias floresçam ano após ano precisam de passar por um período de descanso durante o Inverno. Durante esse período (temperaturas abaixo de 15 ºC) a Clivia não deverá ser regada. Nos finais do Inverno quando começar a surgir a vara floral dar-se-á por concluído o período de descanso, voltando-se então a regar de forma gradual as plantas.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Cinerária



Nome científico: Senecio cruentus

Nome vulgar: Cinerária

Origem: Canárias

A cinerária é uma planta herbácea de pequeno porte (20 a 40 cm), de ciclo anual e uma estrutura simples – um caule central curto e ramificado.

As folhas em forma de coração com bordas
serrilhadas e verde-escuras apresentam-se muito suaves ao tacto pois estão cobertas por uma fina penugem.

Desde os finais do Inverno e durante toda a Primavera esta espécie apresenta abundantes inflorescências de cores variadas que se assemelham a pequenas margaridas.

Na época da plena floração a planta pode ficar completamente coberta de flores num autêntico espectáculo de cor.

No mercado existem à venda diversas variedades desta espécie. Pode-se cultivar em vaso tanto em interior como ao ar livre e nos jardins em maciços.

Devem-se cultivar em meia-sombra evitando a exposição à luz solar directa.

Esta espécie apresenta uma resistência ao frio muito pequena. Abaixo dos 10 ºC começam a aparecer
sintomas nas plantas.

Esta espécie agradece uma atmosfera húmida no entanto deve-se evitar molhar as flores. A duração das flores é maior se o sol não incidir directamente sobre elas.

O solo ou o substrato de cultivo tem de ter muito boa drenagem pois o excesso de água conduz à podridão das plantas e a uma diminuição da floração.

Durante o período de floração, de 2 em 2 semanas é conveniente fornecer um adubo líquido na água de rega.

A cinerária é vulnerável aos ataques de pulgão, mosca branca e larva mineira das folhas.

Em ambientes muito húmidos a botrytis (podridão cinzenta) causa verdadeiros desastres entre as plantas.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Begónia (de flor ou de jardim)



Nome científico: Begonia semperflorens

Nome vulgar: Begónia de flor, Begónia de jardim.

Origem: Brasil.

Planta herbácea perene com 20 a 40 centímetros de altura, cultivada como anual. Podem produzir flores durante quase todo o ano, embora com maior intensidade no Verão. Existem variedades de flor branca, rosa e vermelhas.

Esta espécie apresenta caules carnudos e ramificados. As folhas em forma de coração, de cor verde ou bordeaux, apresentam a borda
serrilhada.

No mercado existem diversas variedades desta espécie, diferenciadas pelo tamanho ou pela cor das folhas.

Esta espécie é utilizada para compor maciços ou bordaduras no jardim. Podem igualmente ser cultivadas em vaso quer em interior quer em exterior.

Planta de clima quente que não tolera o frio, devendo-se resguardar dos ventos frios e da geada.

Devem ser cultivadas em pleno sol ou em meia-sombra. A rega deve ser frequente mas moderada evitando-se o encharcamento do solo que provoca o apodrecimento da base dos caules.

Prefere solos ricos em matéria orgânica com boa drenagem.

Durante o período de floração deve-se fornecer, uma vez por semana, adubo líquido na água de rega.

Requer a limpeza das flores que vão murchando e da folhagem que vai ficando estragada.

Esta espécie é atacada pelos pulgões, pela mosca branca, pelos ácaros e thrips e pelos nemátodos do solo. Quando se cultiva em jardim podem também ser atacadas pelos caracóis.

As folhas e os caules desta espécie podem ser atacados quer pela podridão cinzenta (Botrytis) quer pelo Oídio (manchas de pó branco). A aplicação de enxofre pode combater estes dois fungos.

As raízes desta planta podem ser atacadas pelos nemátodos existentes no solo – nesse caso as raízes apresentam galhas ou protuberâncias como consequência desse ataque.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Astilbe



Nome científico: Astilbe x arendsii

Planta rizomatosa, originária da Ásia, de consistência herbácea com 60 - 70 cm de altura, vivaz, que apresenta uma folhagem caduca, verde escura e brilhante muito divididas.

Esta espécie é muito apreciada pois floresce abundantemente durante o verão – as flores (brancas, rosa, púrpura ou vermelhas) formam uma panícula plumosa bastante vistosa.
 
Existem no mercado diversas cultivares desta espécie com épocas de floração e cores diferentes.

Esta planta prefere uma localização parcialmente sombreada. O ideal seria protegê-la do sol mais forte durante o Verão.

A Astilbe é uma planta sensível ás geadas. No Inverno a parte aérea da planta acaba por secar, brotando de novo no início da Primavera.

Esta planta necessita de um teor elevado de humidade durante o seu cultivo, quer no solo quer na atmosfera. Gosta de solo húmido mas não encharcado. Prefere solos ricos em matéria orgânica, férteis, húmidos e bem drenados. No Verão não gostam de solos secos.
 
Planta resistente a pragas e doenças. No entanto é susceptível aos ataques de oídio (pó branco).

Utiliza-se em canteiros, bordaduras e em vaso.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Medronheiro - Arbutus unedo



Nome científico: Arbutus unedo

Nome vulgar: Medronheiro

Esta espécie é originária das zonas litorais do sul e sudoeste da Europa (região mediterrânica e parte oeste da Europa), podendo ser encontrada tão a norte como no oeste da França e na Irlanda.

Esta planta quando adulta pode chegar aos 8 – 10 metros de altura.

O medronheiro apresenta folhas brilhantes verde-escuras na face superior e mais claras na face inferior. As folhas são persistentes, de formato elíptico, dentadas e o pecíolo é curto. Tornam-se avermelhadas no Inverno.

As flores são brancas e aparecem no Outono juntamente com os frutos maduros.

Os frutos são uma baga redonda e verrugosa com aproximadamente 3 cm de diâmetro. Nas primeiras fases do seu desenvolvimento apresentam-se de cor amarelo-alaranjada e posteriormente ficam vermelhos quando estão maduros. Os frutos demoram um ano a amadurecer e é por isso que coincidem no mesmo exemplar os frutos e as flores.

Os frutos do medronheiro são carnosos, doces e comestíveis. No Algarve depois de fermentados servem para produzir a típica aguardente de medronho.

É uma espécie ornamental apreciada quer pela beleza da sua folhagem permanente quer pelas suas flores e frutos. Apresenta uma característica muito interessante – as flores e os frutos coincidem no mesmo exemplar de forma simultânea.

Num jardim pode-se plantar como exemplar isolado, em grupo ou mesmo para sebe. Pode-se cultivar em vaso.

Plantar em locais soalheiros ou em meia-sombra. Não gosta de climas frios de Inverno. As geadas podem causar estragos nas plantas jovens.

Esta espécie gosta de alguma humidade ambiental (como dissemos anteriormente é originária das zonas litorais) mas não gosta de solos encharcados e prefere solos com boa drenagem.

O medronheiro desenvolve-se normalmente em solos ácidos mas tolera solos calcários.

Regar de forma moderada.

Na Primavera agradece o fornecimento de matéria orgânica bem decomposta.

Esta espécie tem tendência para se ramificar desde baixo mas se podarmos os ramos inferiores (na Primavera é a melhor altura) pode-se conseguir a formação de um tronco limpo.

Esta espécie é muito sensível ás transplantações. Normalmente acaba por morrer se o retirarmos da terra para o mudar de sítio.

É uma planta sensível a fungos – as ferrugens e as manchas foliares podem atacar a folhagem.



quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sardinheiras, Gerânios ou Pelargonium



Em todo o mundo existem mais de 250 espécies diferentes do género Pelargonium a que vulgarmente chamamos Sardinheiras, Gerânios ou então Pelargonium. A maior parte destas espécies é originária do continente africano.

Os quatro tipos mais comuns e que encontramos no mercado à venda são:


Pelargonium x hortorum

É o gerânio mais comum e mais conhecido. Resulta do cruzamento entre o Pelargonium zonale e o Pelargonium inquinans e é portanto um híbrido.

Pode apresentar flores simples ou dobradas e existem variedades de flor branca, rosa, salmão, laranja, vermelho (diversos tons) magenta, lavanda e bicolores.




Pelargonium peltatum

Espécie muito conhecida. Pelargonium de cair. Esta espécie apresenta um porte rasteiro e é normalmente utilizada em cascata nas varandas.

Esta espécie terá sido introduzida pela primeira vez na Europa por volta de 1700, na Holanda.


 
Pelargonium grandiflorum

Esta espécie é menos comum que as anteriores. A sua característica principal é o tamanho das suas flores como o próprio nome latino da espécie o demonstra.
 


Pelargonium graveolens, Pelargonium capitatum e Pelargonium crispum

Apesar de serem diferentes espécies apresentam, no entanto, uma característica comum - possuem folhas aromáticas.




CULTIVO
 
LUZ

Estas espécies precisam de muita luz e devem ser colocadas em zonas onde apanhem bastante sol. No entanto, em climas muito quentes e durante o Verão, alguma sombra durante as horas de sol mais intenso pode ser vantajosa.

A espécie Pelargonium grandiflorum é a mais adequada para cultivar em interior numa janela virada a sul.

Quando as plantas são colocadas em locais sombrios ficam estioladas, ou seja, apresentam um crescimento débil, hastes finas e delgadas e pouca (ou nenhuma) floração.

TEMPERATURA

Os gerânios não gostam de frio e não resistem a temperaturas abaixo de 0 ºC. Nos climas onde ocorram geadas é conveniente protegê-los no Inverno.

Se estiverem em vaso convém trazê-los para dentro de casa durante o período invernal. Caso estejam no jardim podemos aproveitar para lhe dar uma poda forte e podemos cobri-los com um plástico perfurado para permitir a saída da humidade em excesso.

REGA

Deve-se ter cuidado com o excesso de rega pois é uma planta que, com facilidade, sofre de podridão do caule e das raízes.

Não aguenta o solo encharcado. É necessária uma boa drenagem da terra ou do substrato no caso de estarem em vaso.

Evitar o mais possível molhar as folhas e as flores. Evitar regar pulverizando as folhas.

No Outono e no Inverno diminuir bastante as regas. 1 vez por semana ou menos é suficiente.

ADUBO

Fornecer de 15 em 15 dias e no período de floração activa um pouco de adubo líquido para plantas de flor.

A carência de nutrientes provoca um crescimento lento, o amarelecimento das folhas e a diminuição da floração.

PODA DOS GERÂNIOS

No final do Inverno ou no início da Primavera deve-se podar as plantas para estimular a emissão de novos rebentos.

Durante a fase de crescimento deveremos ir despontando os ramos para obrigar a planta a emitir hastes laterais – não esquecer que nestas espécies, quanto mais hastes mais flores.