terça-feira, 30 de outubro de 2012

Estrelícia

Estrelícia
Nome científico: Strelitzia reginae
Nome vulgar: Estrelícia, Ave-do-Paraíso.
Esta planta não é um arbusto mas uma herbácea perene com uma altura de 1 a 2 metros. Origem: África do Sul.
Grandes folhas, rijas e coriáceas, persistentes de forma oval e oblonga, de cor verde azulada.


Cada haste floral tem 5 a 8 flores formadas por grandes sépalas de cor de laranja brilhante (há uma variedade de flor amarela) e por três pétalas de cor azul metálico brilhante.
O mais surpreendente da estrelícia são as suas flores. A elas de deve o nome pelo qual também se conhece esta espécie: Ave-do-Paraíso.
A maior parte da floração ocorre durante o Inverno e a Primavera


A estrelícia deve ser colocada em local soalheiro e de Inverno convém protegê-la das geadas. Para florescer a temperatura média tem de estar acima dos 10 ºC.
É uma planta que só floresce a partir dos 3 anos de idade.
As estrelícias são bastante resistentes ao vento e por isso são adequadas para as zonas costeiras.
Adaptam-se à maioria dos solos desde que estes possuam uma boa drenagem (ver doenças).


É uma planta bastante resistente que não necessita de particular atenção. No Verão necessita de alguma rega e também de algum adubo.
Pragas: Cochonilha.
Doenças: A podridão radicular é a única doença importante da estrelícia. O fungo responsável (Fusarium) desenvolve-se em terrenos húmidos com má drenagem.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Leptospermum

Leptospermum


Nome científico: Leptospermum scoparium
Nome vulgar: Leptospermo, Leptospermum.
Origem: Austrália e Nova Zelândia.


Arbusto ou pequena árvore muito resistente com 1,5 - 2 metros de altura. Crescimento compacto.
Espécie de folha perene, apresentando folhas pequenas (perfumadas) entre o verde e o púrpura.
Flores singelas ou dobradas de cor vermelha, branca ou cor de rosa. As flores apresentam uma grande longevidade.


Existem mais de 85 cultivares diferentes desta espécie.


Esta planta deve ser colocada em posição soalheira embora também se possa adaptar a uma meia sombra.
Pode ser cultivada em vaso. Aguenta muito bem a poda, ramificando bastante e apresentando um porte compacto.
Depois da floração deve ser podada para crescer frondosa e compacta.


Este arbusto aguenta bem os calores do Verão e o frio do Inverno, tolerando alguns períodos curtos de geada.
Esta planta não suporta o calcário do solo. Necessita de substratos ligeiramente ácidos e bem drenados. Durante o período da floração devemos adubar de 15 em 15 dias.


Resistente à seca. Um terreno mal drenado que possa encharcar provoca-lhe o apodrecimento das raízes.
É uma espécie adequada para as zonas costeiras pois resiste bem aos ventos fortes e aguenta os ambientes salinos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brincos de Princesa - Fuchsia



Brincos de Princesa

Nome científico: Fuchsia hybrida
 
Nome vulgar: Brincos de Princesa.

Origem: as Fuchsias são originárias da América. As variedades comerciais que se encontram hoje no mercado são híbridos provenientes de diversos cruzamentos.

Arbusto pequeno e muito ramificado, de folhagem persistente.

Folhas ovais, opostas, com pecíolos muito curtos e margens finamente dentadas.

As flores são similares ás da espécie original (Fuchsia magellanica). Apresentam, no entanto, um tamanho maior e são mais vistosas. As flores (de porte pendente) localizam-se nas extremidades dos ramos do ano e são suportadas por pedúnculos longos.

As flores apresentam um cálice vermelho ou branco e as pétalas podem ser vermelhas, azuis, rosadas, violeta ou brancas.

Floresce desde a Primavera até ao Outono de forma ininterrupta. Se a planta estiver protegida do frio pode manter-se em floração em pleno Inverno.

Como é um híbrido existe uma enorme quantidade de variedades com diferentes tamanhos, diferentes cores das flores e também hábitos de crescimento (há variedades de porte erecto e variedades de porte pendente).

Esta espécie nunca se deve colocar completamente ao sol. Deve-se procurar um local luminoso com uma exposição em meia sombra.

Não sobrevivem a uma temperatura abaixo de 0 ºC.

Esta espécie gosta de humidade e beneficia caso se faça uma pulverização frequente das folhas.

Gostam das névoas, dos chuviscos e do ar fresco.

É uma planta que precisa de mais água que a maioria das outras plantas. É preferível regar com menos quantidade mas regar todos os dias.

Agradece um substrato ligeiramente ácido (pH de 5,5 a 6).

A água da torneira com os seus carbonatos e bicarbonatos, tenderá a fazer subir o pH do substrato. A solução é tornar esta água um pouco mais ácida juntando por exemplo ácido cítrico (encontra-se no sumo do limão).

Esta planta pode ser cultivada em vaso sem problemas. Depois do repouso do Inverno é aconselhável retirar metade do substrato anterior e substitui-lo por outro fresco.

A praga mais comum são os pulgões que atacam esta planta especialmente na Primavera.
Outras pragas: mosca branca e aranhiço vermelho.

As fuchsias são afectadas por fungos e insectos e as deformações que sofrem as suas folhas prejudicam bastante a aparência geral da planta pelo que devem pôr-se em prática medidas preventivas de controlo desses ataques.

Poda de limpeza da Fuchsia.

Devem ser eliminados os seguintes elementos, de preferência no Inverno: ramos mortos, secos, quebrados ou doentes; ramos débeis ou mal orientados; ramos com excesso de vigor; flores murchas e frutos. Se necessário corrigir a assimetria do arbusto se a copa estiver descompensada.
 
Poda de floração da Fuchsia.

A poda de floração baseia-se na técnica da desponta dos ramos. A desponta consiste no corte das extremidades tenras dos ramos.

Esse corte vai provocar uma maior ramificação da planta, conseguindo-se uma forma mais arredondada e um maior número de flores (mais ramos é igual a mais flores).

Os ramos são despontados deixando-os com 2 nós. Isto significa que cortamos por cima do segundo nó a partir da base do ramo.

Desses nós vão sair novos ramos que vão ser igualmente despontados, deixando também um ou dois nós.

O inconveniente da desponta é que se perde a floração mais precoce, porém a planta apresentar-se-á mais compacta, arredondada e com uma floração massiva.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Callistemon / Limpa Garrafas



Limpa Garrafas

Nome científico: Callistemon citrinus

Nome vulgar: Limpa Garrafas

Origem: Austrália.

Arbusto de folha perene que pode alcançar os 4 metros de altura. Esta espécie é muito apreciada nos jardins pela sua floração espectacular.

Folhas lanceoladas, alternas e coriáceas de cor verde pardo.

Na Primavera e no Verão aparecem umas espigas de flores vermelhas entre as folhas de cor verde pardo.

É uma planta bastante resistente e consegue desenvolver-se em terrenos muito pobres.
 
Esta planta deve ser colocada numa posição soalheira e sempre que possível deve ser plantada junto de uma parede virada a sul de modo a ter alguma protecção contra o frio em excesso e as geadas.

Agradece um terreno permeável e se possível sem muito calcário. Um substrato ácido (com um pH de 6), fértil e bem drenado produz excelentes resultados no desenvolvimento desta planta.

Regar com alguma frequência durante a Primavera – Verão.

Podar os ramos demasiado compridos após a floração para ir dando a forma desejada à planta.

Pragas que atacam o Callistemon: aranhiço vermelho, pulgão, cochonilha-algodão. Tratar com insecticidas específicos.

Hibiscus



Hibisco

Nome científico: Hibiscus rosa-sinensis

Nome vulgar: Hibisco.

Origem: China.

Dentro do género Hibiscus há duas espécies utilizadas nos jardins: o Hibiscus rosa-sinensis e o Hibiscus syriacus. A primeira é uma espécie de folha perene e a segunda de folha caduca.

O hibisco rosa-sinensis pode atingir uma altura até 5 metros. As folhas (perenes) são alternadas e ovais com bordos mais ou menos dentados, de cor verde escura e aspecto brilhante.

Flores solitárias, axilares e em forma de funil, singelas ou dobradas, de cor vermelha, amarela, rosa e laranja. É uma espécie cultivada pela beleza e colorido das suas flores que no seu centro apresentam grandes estames amarelos.
Todos os anos aparecem no mercado novas variedades de hibisco.

Em climas mais amenos a floração é contínua durante todo o ano.

Esta espécie requer um lugar soalheiro, quente e protegido dos ventos frios e das geadas. Com a idade esta planta vai endurecendo e vai-se tornando mais resistente ás geadas

Preferem um solo fértil, húmido, bem drenado e rico em matéria orgânica.

Poda de limpeza do hibisco.

Com esta poda devem-se eliminar no Inverno os seguintes elementos: ramos mortos, secos, partidos ou doentes; ramos fracos ou mal orientados; ramos que sobressaem por excesso de vigor; flores murchas; se necessário corrige-se a assimetria para melhorar a aparência, por exemplo, se a copa aparece descompensada.

Poda de floração do hibisco.

O hibisco é uma planta que floresce nos ramos do ano. Uma gema axilar dá origem a um ramo na Primavera e é esse ramo que vai produzir flores.
Por esse motivo, devemos procurar que a planta produza uma grande quantidade de ramos novos cada ano o que significará una grande quantidade de flores.

Esta poda deverá ser feita no fim do Inverno, princípio da Primavera.
É uma poda com alguma severidade provocando uma forte rebentação de novos ramos. Desta maneira a planta manterá um tamanho mais pequeno e florescerá com abundância sobre os ramos desse ano.

Se podarmos a planta pouco, ela torna-se maior e também floresce, só que com menor abundância. Uma poda forte produzirá mais flores.

Doenças e pragas do hibisco.

Manchas das folhas: são geralmente castanhas e são causadas por diversos fungos que atacam as folhas (Alternaria, Cercospora, Colletotrichum e Phyllosticta). Apanhar e queimar as folhas.
Aplicar fungicidas se as condições de temperatura e humidade forem favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento destes fungos.

Podridão cinzenta: o fungo chamado Botrytis cinerea, em ambiente húmido e em plantas com a folhagem muita densa, pode atacar as folhas e as flores do hibisco. Convêm evitar o excesso de folhas, aumentado o arejamento e em caso de ataque deve-se aplicar um fungicida contra a botrytis.

Ferrugem: folhas e ramos jovens apresentam pústulas características da ferrugem. As pulverizações com cobre podem deter o seu desenvolvimento.

Podridão das raízes: em terrenos húmidos e pesados (compactos) as raízes poderão apodrecer devido ao ataque de fungos como a Rhizoctonia e o Pythium. Evitar a humidade excessiva do solo.

Pulgões, cochonilhas, aranhiço vermelho (ácaros), mosca branca.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lantana e Nerium



Lantana

Nome científico: Lantana camara

Nome vulgar: Lantana

Origem: América tropical e subtropical.

Arbusto de folha perene e de crescimento rápido.

Folhas com 5 a 10 cm de comprimento, opostas, de borda dentada. Pubescentes dos dois lados, ásperas, verde escuras na face superior e mais claras na parte inferior e com um cheiro característico quando esmagadas.

Flores agrupadas que são ao princípio amarelas, passando ao laranja e tornando-se posteriormente vermelhas, começando esta variação desde o exterior até ao centro da inflorescência, coexistindo flores com as três cores.

Esta espécie apresenta diversos cultivares com flores totalmente amarelas e brancas.

Esta planta deve ser plantada em pleno sol mas também se adapta bem a uma situação de meia sombra. É muito sensível ao frio e muito resistente à seca.

Espécie de fácil cultivo. Adapta-se bem a qualquer tipo de solo mas cresce melhor num terreno mais rico e bem adubado.

No final do Inverno deve-se podar os ramos pela metade para obter uma planta mais compacta.

Doenças e pragas

Fumagina – este fungo aparece em consequência dos ataques das cochonilhas e dos pulgões. Devem-se combater os insectos.

Alternariose – manchas redondas de cor castanha nas folhas. Tratamentos preventivos com oxicloreto de cobre ou zinebe logo que se notem as primeiras manchas.

Ferrugem – pústulas nas folhas da planta características de um fungo chamado Puccinia. Suprimir e queimar as primeiras folhas ou ramos atacados e proteger as restantes pulverizando com um fungicida (zinebe, captana, daconil, mancozebe, cobre, etc.)

Murchidão – doença vascular que se manifesta pela murchidão e consequente secagem das folhas devido ao ataque de um fungo chamado Fusarium. Este fungo entra na planta através da raiz. Com frequência observa-se uma alteração na zona do colo da planta. Evitar sempre que possível o excesso de humidade.

Pulgões, cochonilhas, mosca branca e nemátodos (da espécie Meloidogyne).


Loendreiro

Nome científico: Nerium oleander

Nome vulgar: Loendreiro, loendros.

Origem: região Mediterrânica.

Habitat: ao longo das margens de rios e riachos.

Arbusto de folha perene e de crescimento rápido. É um dos arbustos mais belos da região mediterrânica, podendo atingir os 6 metros de altura.

Folhas lanceoladas muito coriáceas com 6 a 12 cm de comprimento de cor verde acinzentada.
Existem variedades de folha matizada (verdes com margens amarelas).

Flores com 3 – 4 cm de diâmetro, geralmente de cor rosa embora haja variedades com flores brancas, vermelhas e amarelas.
Normalmente floresce na Primavera e continua a floração até ao Outono.

Planta muito tóxica. Todas as suas partes são venenosas. A ingestão de qualquer pedaço tem efeitos venenosos.

Utilização: em exemplar isolado ou em maciços e também em sebes.

Variedades de flor singela: Agnes Darac(rosa); Album Roseum (branco rosado); Atropurpureum (vermelha); Aurantiacum (amarelo); Conde Pusterla Cortesini (rosa damasco); Emile Shaut (vermelho veludo); Mont Blanc (branca).

Variedades de flor dobrada: Géant des Batailles (vermelho escuro); Madoni Grandiflorum (branco); Pierre Rondier (rosa); Prof. Placon (laranja); Tito Poggi (salmão).

Luz: esta espécie deve ser plantada directamente ao sol.

Espécie muito resistente pois aguenta a seca e tolera as geadas. Resiste ao calor, ao vento e ao calcário do solo.

O loendreiro necessita de um solo com uma boa drenagem, uma vez que se desenvolve em zonas arenosas.

Apesar da sua resistência à seca, para obter uma boa floração deve regar-se convenientemente ou seja, uma rega cada 4 - 5 dias no verão. Em vaso a frequência das regas terá de ser maior.

Relativamente à adubação durante o verão é conveniente fornecer um bom adubo na água da rega.

Poda do loendreiro:

Poda de limpeza – serve para eliminar os seguintes elementos indesejáveis, de preferência no inverno (mas também em qualquer outra época do ano): ramos mortos, secos, partidos ou doentes; ramos débeis ou mal orientados; ramos que sobressaem muito do arbusto por excesso de vigor.
Se necessário corrige-se a assimetria para melhorar a aparência, por exemplo, se a copa está descompensada.

Poda de floração – deve ser feita depois da floração principal do Verão.
Pode-se podar mais ou menos, segundo se queira ter uma planta mais pequena e compacta ou então optar por despontar a planta unicamente para mantê-la com um porte maior, ainda que algo desprovida de folhagem na parte inferior.
Uma poda habitual é cortar o terço superior dos ramos que deram flor e aos outros ramos rebaixá-los a uns 15 centímetros.
Não se deve podar o loendreiro na primavera porque a floração será afectada.
Se optar por deixar um arbusto maior deve cortar logo por baixo das flores murchas.

Doenças e pragas do loendreiro

Necrose dos rebentos (gemas axilares) – doença produzida por um fungo chamado Ascochyta heteromorpha e que se manifesta pelo aparecimento de zonas necróticas ou de tecido morto na axila de algumas folhas. Por vezes o problema pode estender-se a todas as gemas do mesmo ramo o qual acaba então por secar.
Podar e queimar os ramos atacados e pulverizar os outros com fungicida.

Manchas nas folhas – causadas por diversos fungos como: Septoria oleandrina, Cercospora, Gloeosporium, Macrosporium e Phyllosticta.

Fumagina – aparece devido ao ataque das cochonilhas e dos pulgões. Combater estas duas pragas para evitar o ataque deste fungo.

Murchidão das flores – as flores murcham ou abortam devido a uma necrose parcial ou total dos pedúnculos.
A doença deve-se a uma infecção das raízes por Fusarium que obstrui os vasos condutores de seiva.

Pulgões / Cochonilhas / Lagartas (nas folhas)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Camélia



Camélia

- Nome científico: Camellia japonica

- Nome vulgar: Camélia

- Origem: China e Japão.

Esta planta chegou á Europa vinda do Oriente (Japão e Coreia) pela mão dos jesuítas.

Arbusto ou árvore de folha perene.

Planta de crescimento lento.

Arbusto excepcional pela sua floração desde o Outono até à Primavera.

- Flores: As flores, que podem ser singelas ou dobradas, aparecem na extremidade superior de cada ramo e podem ter entre 7 e 12 cm de diâmetro.
A cor das flores vai do branco ao vermelho.

- Folhas: folhas persistentes, com borda dentada, de cor verde-escuro brilhante e com a face inferior mais clara.

Existem mais de 3.000 variedades diferentes de Camellia japonica, número que a cada ano aumenta com o aparecimento de novas variedades.

A espécie Camellia sasanqua é uma espécie similar á Camellia japonica, que se diferencia desta por ter uma floração mais precoce (Outono – princípios do Inverno).

As camélias são plantas vistosas durante todo o ano. Utilizam-se nos jardins como elementos individuais ou em sebes. Podem ser cultivadas em vaso.

- Luz: devem ser colocadas numa posição onde possam apanhar alguma sombra sobretudo durante as horas de sol mais intenso.

O sol directo forte torna as folhas acastanhadas e fá-las perder a sua bonita cor verde. Estas plantas beneficiam de uma humidade atmosférica elevada. Muito calor é-lhes prejudicial.

Os ventos frios e as geadas podem danificar os botões florais pelo que é importante plantar as camélias ao abrigo de um muro ou de uma sebe.

Em climas com temperaturas inferiores a -5 ºC as camélias não sobrevivem.

A camélia aprecia um ambiente húmido.

Precisam de solos ácidos, porosos e com grande quantidade de matéria orgânica.
Nunca as plante em solo calcário. Se as folhas ficam amarelas e os botões florais não abrem, é possível que o solo não tenha a acidez necessária.

A boa drenagem é fundamental.

- Rega: necessita de rega constante durante o Verão.

- Adubação: devemos adubar logo que se torna visível o botão floral na extremidade de cada ramo.

É recomendável também de vez em quando dar ás camélias algum adubo com quelatos de ferro ou um adubo especial "ácido" para camélias ou plantas acidófilas como as hortênsias, gardénias, urzes (ericas) e azáleas.

Distinguimos dois tipos diferentes de poda nas camélias – a poda de limpeza e a poda de floração.

- Poda de limpeza
Poda feita durante o Inverno. Utiliza-se para eliminar os seguintes elementos indesejáveis: ramos mortos, secos ou doentes, ramos fracos ou mal situados (mal orientados), ramos que sobressaem muito do arbusto pelo seu excesso de vigor (chamam-se chupões).
Se for necessário, corrige-se a assimetria para melhorar a aparência do arbusto, por exemplo, se a copa está descompensada.

- Poda de floração
Depois de aparecerem os botões florais não se poda a camélia.
Devem-se despontar todos os ramos no início da primavera após o fim da floração, cortando-se por cima da segunda ou terceira gema lateral contada a partir da inserção do ramo. Destas gemas vão surgir ramos que vão dar, na extremidade, flores.
Se quiser obter flores maiores ainda que em menor quantidade, deve-se deixar um só botão floral por ramo, retirando os outros botões até ao mês de Novembro.

- Doenças e pragas da camélia

Manchado das folhas: doença provocada por um fungo chamado Phyllosticta camelliae. As folhas doentes devem ser apanhadas e deitadas ao lixo ou queimadas. Pode-se tratar as plantas com enxofre.

Manchas prateadas: são manchas que dão um aspecto prateado à folha. O fungo causador desta doença chama-se Pestalozzia guepini. Além de recolher e queimar as folhas afectadas (mesmo as que caíram ao solo) pode proteger as outras aplicando um fungicida.

Galhas foliares: as folhas novas ficam grossas e deformadas pelo fungo Exobasidium camelliae.
As folhas ficam com uma cor branca rosada e uma consistência de cera. Arrancar e destruir as folhas doentes. Pode-se pulverizar as outras folhas com um fungicida (zinebe).

Fumagina: combater as cochonilhas e os pulgões para que não apareça este fungo.

Manchas nas flores: as manchas nas pétalas podem ser causadas pelos fungos Ovulinia azaleae ou Sclerotinia sclerotiorum.

Cancros da casca: são produzidos por diversos fungos como Glomerella ou Phomopsis. Podar e queimar os ramos que tenham cancros e se estiver no tronco, limpá-lo com uma navalha bem afiada. Estes fungos entram por feridas.

Queda dos botões florais: antes da flor abrir, a queda dos botões florais pode ocorrer por deficiências de nutrientes no solo (por exemplo falta de boro ou zinco) ou então por mudanças bruscas na temperatura.

Clorose (amarelecimento das folhas): pode ocorrer por falta de algum elemento nutritivo no solo ou então por asfixia ou apodrecimento das raízes.

Golpe de sol: o sol forte directo pode produzir queimaduras (manchas castanhas) nas folhas da camélia. Isto acontece muito quando se leva uma camélia que estava à sombra para uma zona onde apanhe muito sol.

Podridão das flores: no caso de chover e se as temperaturas não forem baixas, as flores poderão apodrecer (ataque de um fungo chamado Botritis). Esta doença previne-se com um fungicida.

Cochonilhas / Pulgões

Vermes das raízes

Aranhiço vermelho e outros ácaros.

De uma maneira preventiva contra diversos fungos poderá desde a Primavera e até ao Outono aplicar mensalmente nas suas cameleiras um fungicida como captana ou tirame.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bouganvillea



Bouganvillea


A bouganvillea é uma trepadeira conhecida pela sua espectacular floração. Em climas mais quentes, sem geadas, floresce praticamente ao longo de todo o ano, inclusive no Inverno.

As duas espécies mais comuns são a Bouganvillea glabra e a Bouganvillea spectabilis. De cada dessas espécies existem diversas cultivares com flores (brácteas) de cores variadas como o branco, rosa, amarelo, laranja, vermelho.

Deve ficar claro que o que comummente chamamos "flores" da bouganvillea não são verdadeiramente flores, mas sim brácteas. As brácteas são folhas modificadas que rodeiam a verdadeira flor que é muito pequena, branca e sem valor ornamental.

Num jardim esta trepadeira pode ter diversas utilizações:

1. Para cobrir paredes, pérgulas, vedações, muros, grades, etc. Os ramos podem-se fixar usando arames.
2. Pode-se fazer com a bouganvillea um arbusto arredondado e plantá-lo como espécimen isolado num jardim ou num vaso.
3. É adequada para criar uma sebe florida.
4. Pode-se usar como rastejante para cobrir um talude.

A bouganvillea é uma planta resistente - aguenta solos pobres, a falta de água e a falta de cuidados. Não gosta nem de frio nem de excesso de água.

Vamos ver como se cultiva e quais os possíveis problemas um a um.

Luz

No jardim deve-se situar num local onde apanhe o máximo de sol, recebendo o máximo de luz possível.

Temperatura

A Bouganvillea spectabilis aguenta até -3 ºC e a Bouganvillea glabra até -7 ºC. Abaixo de 5 ºC ambas as espécies perdem as folhas, entrando em repouso vegetativo. No nosso clima é normal que as bouganvilleas percam as folhas no Inverno e que no início da Primavera voltem a rebentar.

Deve-se colocar as bouganvilleas junto a uma parede protegida e virada a sul, pois isso aumenta a sua resistência ao frio. De uma maneira geral quanto mais velha é a planta mais resistente se torna ás baixas temperaturas.

Rega

No Verão uma planta em vaso deve ser regada 2 a 3 vezes por semana. As plantas no jardim só precisam de água uma vez por semana.

É fundamental que o solo tenha uma boa drenagem e que não fique encharcado. No caso dos vasos é importante manter os orifícios de drenagem convenientemente desobstruídos.

Adubação

No caso de plantas em vaso podemos juntar um pouco de adubo líquido à água de rega. Na Primavera e no Verão um pouco de adubo a cada 15 dias é perfeitamente suficiente.

Algumas vezes as plantas mostram sintomas de carência de nutrientes apresentando folhas amarelecidas. Neste caso um adubo com quelatos de ferro pode ser uma boa solução para que as plantas recuperem a cor verde normal.

Poda

• A poda deve ser feita no final do Inverno / início da Primavera. Com a poda procura-se limitar o tamanho da planta e estimular um desenvolvimento mais luxuriante e compacto e uma maior floração.

• A poda deve ser feita cortando os ramos que surgiram nesse ano, deixando uns 5 cm sobre o ramo ou haste principal. Os ramos que vão servir para fazer crescer a planta por exemplo ao longo de uma parede não deverão ser podados.

• Alguns ramos mais velhos podem ser eliminados e substituídos por hastes mais novas que devem ser amarradas à estrutura de suporte.

• Se plantar uma nova bouganvillea junto de uma parede os primeiros ramos devem ser fixados horizontalmente para que a partir daí cresçam hastes verticais que vão preencher a parede.

• No caso de uma bouganvillea em vaso, por exemplo com a forma de uma bola, é conveniente podar anualmente até um terço do seu volume.

Pragas e Doenças

Cochonilhas - É a praga mais frequente. Cravam um bico e chupam a seiva das folhas e dos ramos tenros. As cochonilhas excretam um líquido açucarado (uma espécie de melaço) sobre o qual se desenvolve um fungo de cor negra (fumagina).
Para combater as cochonilhas deve-se aplicar um insecticida sistémico.

Pulgões - O pulgão alimenta-se chupando a seiva das plantas e provoca a deformação quer das folhas quer das hastes atacadas. Também excretam o mesmo tipo de melaço sobre o qual se desenvolve posteriormente a fumagina.

Aranhiço vermelho (ácaros) - Chupam a seiva das folhas e provocam o amarelecimento destas e um enfraquecimento geral da planta (perda de vigor).
Tratamento com acaricidas.

Mosca branca - Insecto que provoca um amarelecimento da folhagem e um enfraquecimento da planta (perda de vigor).
A mosca branca leva igualmente ao aparecimento da fumagina sobre o melaço libertado pelas larvas da mosca.  

Oídio - Fungo que forma una camada branca sobre as folhas. Ao regar deve-se evitar molhar as flores e as folhas para não favorecer o ataque deste fungo.
Combate-se aplicando um fungicida anti-oídio.

Clorose (perda da cor verde das folhas) por deficiência de nutrientes – a mais comum é a falta de ferro que provoca um amarelecimento das folhas.
A maneira mais eficaz de corrigir o problema é aplicar (na rega ou por pulverização nas folhas) um adubo especial rico em ferro (quelatos de ferro).

Encharcamento do solo – provoca o apodrecimento e a asfixia das raízes. As folhas ficam amarelas e a planta pode acabar mesmo por morrer.