Estrelícia
Nome científico:
Strelitzia reginae
Nome vulgar:
Estrelícia, Ave-do-Paraíso.
Esta planta não é
um arbusto mas uma herbácea perene com uma altura de 1 a 2 metros.
Origem: África do Sul.
Grandes folhas,
rijas e coriáceas, persistentes de forma oval e oblonga, de cor
verde azulada.
Cada haste floral
tem 5 a 8 flores formadas por grandes sépalas de cor de laranja
brilhante (há uma variedade de flor amarela) e por três pétalas de
cor azul metálico brilhante.
O mais surpreendente
da estrelícia são as suas flores. A elas de deve o nome pelo qual
também se conhece esta espécie: Ave-do-Paraíso.
A maior parte da
floração ocorre durante o Inverno e a Primavera
A estrelícia deve
ser colocada em local soalheiro e de Inverno convém protegê-la das
geadas. Para florescer a temperatura média tem de estar acima dos 10
ºC.
É uma planta que só
floresce a partir dos 3 anos de idade.
As estrelícias são
bastante resistentes ao vento e por isso são adequadas para as zonas
costeiras.
Adaptam-se à
maioria dos solos desde que estes possuam uma boa drenagem (ver
doenças).
É uma planta
bastante resistente que não necessita de particular atenção. No
Verão necessita de alguma rega e também de algum adubo.
Pragas: Cochonilha.
Doenças: A podridão
radicular é a única doença importante da estrelícia. O fungo
responsável (Fusarium) desenvolve-se em terrenos húmidos com má
drenagem.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Leptospermum
Leptospermum
Nome científico: Leptospermum scoparium
Nome vulgar: Leptospermo, Leptospermum.
Origem: Austrália e Nova Zelândia.
Arbusto ou pequena árvore muito resistente com 1,5 - 2 metros de altura. Crescimento compacto.
Espécie de folha perene, apresentando folhas pequenas (perfumadas) entre o verde e o púrpura.
Flores singelas ou dobradas de cor vermelha, branca ou cor de rosa. As flores apresentam uma grande longevidade.
Existem mais de 85 cultivares diferentes desta espécie.
Esta planta deve ser colocada em posição soalheira embora também se possa adaptar a uma meia sombra.
Pode ser cultivada em vaso. Aguenta muito bem a poda, ramificando bastante e apresentando um porte compacto.
Depois da floração deve ser podada para crescer frondosa e compacta.
Este arbusto aguenta bem os calores do Verão e o frio do Inverno, tolerando alguns períodos curtos de geada.
Esta planta não suporta o calcário do solo. Necessita de substratos ligeiramente ácidos e bem drenados. Durante o período da floração devemos adubar de 15 em 15 dias.
Resistente à seca. Um terreno mal drenado que possa encharcar provoca-lhe o apodrecimento das raízes.
É uma espécie adequada para as zonas costeiras pois resiste bem aos ventos fortes e aguenta os ambientes salinos.
Nome científico: Leptospermum scoparium
Nome vulgar: Leptospermo, Leptospermum.
Origem: Austrália e Nova Zelândia.
Arbusto ou pequena árvore muito resistente com 1,5 - 2 metros de altura. Crescimento compacto.
Espécie de folha perene, apresentando folhas pequenas (perfumadas) entre o verde e o púrpura.
Flores singelas ou dobradas de cor vermelha, branca ou cor de rosa. As flores apresentam uma grande longevidade.
Existem mais de 85 cultivares diferentes desta espécie.
Esta planta deve ser colocada em posição soalheira embora também se possa adaptar a uma meia sombra.
Pode ser cultivada em vaso. Aguenta muito bem a poda, ramificando bastante e apresentando um porte compacto.
Depois da floração deve ser podada para crescer frondosa e compacta.
Este arbusto aguenta bem os calores do Verão e o frio do Inverno, tolerando alguns períodos curtos de geada.
Esta planta não suporta o calcário do solo. Necessita de substratos ligeiramente ácidos e bem drenados. Durante o período da floração devemos adubar de 15 em 15 dias.
Resistente à seca. Um terreno mal drenado que possa encharcar provoca-lhe o apodrecimento das raízes.
É uma espécie adequada para as zonas costeiras pois resiste bem aos ventos fortes e aguenta os ambientes salinos.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Brincos de Princesa - Fuchsia
Brincos de Princesa
Nome científico: Fuchsia hybrida
Nome vulgar: Brincos de Princesa.
Origem: as Fuchsias são
originárias da América. As variedades comerciais que se encontram hoje no
mercado são híbridos provenientes de diversos cruzamentos.
Arbusto pequeno e muito
ramificado, de folhagem persistente.
Folhas ovais, opostas, com
pecíolos muito curtos e margens finamente dentadas.
As flores são similares ás da espécie
original (Fuchsia magellanica). Apresentam, no entanto, um tamanho maior e são
mais vistosas. As flores (de porte pendente) localizam-se nas extremidades dos
ramos do ano e são suportadas por pedúnculos longos.
As flores apresentam um cálice
vermelho ou branco e as pétalas podem ser vermelhas, azuis, rosadas, violeta ou
brancas.
Floresce desde a Primavera até ao
Outono de forma ininterrupta. Se a planta estiver protegida do frio pode
manter-se em floração em pleno Inverno.
Como é um híbrido existe uma
enorme quantidade de variedades com diferentes tamanhos, diferentes cores das
flores e também hábitos de crescimento (há variedades de porte erecto e
variedades de porte pendente).
Esta espécie nunca se deve colocar
completamente ao sol. Deve-se procurar um local luminoso com uma exposição em
meia sombra.
Não sobrevivem a uma temperatura
abaixo de 0 ºC.
Esta espécie gosta de humidade e beneficia
caso se faça uma pulverização frequente das folhas.
Gostam das névoas, dos chuviscos e
do ar fresco.
É uma planta que precisa de mais
água que a maioria das outras plantas. É preferível regar com menos quantidade
mas regar todos os dias.
Agradece um substrato ligeiramente
ácido (pH de 5,5 a
6).
A água da torneira com os seus
carbonatos e bicarbonatos, tenderá a fazer subir o pH do substrato. A solução é
tornar esta água um pouco mais ácida juntando por exemplo ácido cítrico
(encontra-se no sumo do limão).
Esta planta pode ser cultivada em
vaso sem problemas. Depois do repouso do Inverno é aconselhável retirar metade
do substrato anterior e substitui-lo por outro fresco.
A praga mais comum são os pulgões
que atacam esta planta especialmente na Primavera.
Outras pragas: mosca branca e aranhiço
vermelho.
As fuchsias são afectadas por fungos
e insectos e as deformações que sofrem as suas folhas prejudicam bastante a
aparência geral da planta pelo que devem pôr-se em prática medidas preventivas
de controlo desses ataques.
Poda de
limpeza da Fuchsia.
Devem ser eliminados os seguintes
elementos, de preferência no Inverno: ramos mortos, secos, quebrados ou
doentes; ramos débeis ou mal orientados; ramos com excesso de vigor; flores murchas
e frutos. Se necessário corrigir a assimetria do arbusto se a copa estiver
descompensada.
Poda de
floração da Fuchsia.
A poda de floração baseia-se na
técnica da desponta dos ramos. A desponta consiste no corte das extremidades
tenras dos ramos.
Esse corte vai provocar uma maior
ramificação da planta, conseguindo-se uma forma mais arredondada e um maior
número de flores (mais ramos é igual a mais flores).
Os ramos são despontados
deixando-os com 2 nós. Isto significa que cortamos por cima do segundo nó a
partir da base do ramo.
Desses nós vão sair novos ramos
que vão ser igualmente despontados, deixando também um ou dois nós.
O inconveniente da desponta é que
se perde a floração mais precoce, porém a planta apresentar-se-á mais compacta,
arredondada e com uma floração massiva.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Callistemon / Limpa Garrafas
Limpa Garrafas
Nome vulgar: Limpa Garrafas
Origem: Austrália.
Arbusto de folha perene que
pode alcançar os 4 metros
de altura. Esta espécie é muito apreciada nos jardins pela sua floração
espectacular.
Folhas lanceoladas, alternas e
coriáceas de cor verde pardo.
Na Primavera e no Verão aparecem
umas espigas de flores vermelhas entre as folhas de cor verde pardo.
É uma planta bastante
resistente e consegue desenvolver-se em terrenos muito pobres.
Esta planta deve ser colocada
numa posição soalheira e sempre que possível deve ser plantada junto de uma
parede virada a sul de modo a ter alguma protecção contra o frio em excesso e
as geadas.
Agradece um terreno permeável
e se possível sem muito calcário. Um substrato ácido (com um pH de 6), fértil e
bem drenado produz excelentes resultados no desenvolvimento desta planta.
Regar com alguma frequência durante
a Primavera – Verão.
Pragas que atacam o
Callistemon: aranhiço vermelho, pulgão, cochonilha-algodão. Tratar com
insecticidas específicos.
Hibiscus
Hibisco
Nome científico: Hibiscus
rosa-sinensis
Nome vulgar: Hibisco.
Origem: China.
Dentro do género Hibiscus há duas
espécies utilizadas nos jardins: o Hibiscus rosa-sinensis e o Hibiscus syriacus.
A primeira é uma espécie de folha perene e a segunda de folha caduca.
O hibisco rosa-sinensis pode
atingir uma altura até 5
metros. As folhas (perenes) são alternadas e ovais com
bordos mais ou menos dentados, de cor verde escura e aspecto brilhante.
Flores solitárias, axilares e
em forma de funil, singelas ou dobradas, de cor vermelha, amarela, rosa e
laranja. É uma espécie cultivada pela beleza e colorido das suas flores que no
seu centro apresentam grandes estames amarelos.
Todos os anos aparecem no
mercado novas variedades de hibisco.
Em climas mais amenos a
floração é contínua durante todo o ano.
Esta espécie requer um lugar
soalheiro, quente e protegido dos ventos frios e das geadas. Com a idade esta
planta vai endurecendo e vai-se tornando mais resistente ás geadas
Preferem um solo fértil, húmido,
bem drenado e rico em matéria orgânica.
Poda de limpeza do hibisco.
Com esta poda devem-se
eliminar no Inverno os seguintes elementos: ramos mortos, secos, partidos ou
doentes; ramos fracos ou mal orientados; ramos que sobressaem por excesso de
vigor; flores murchas; se necessário corrige-se a assimetria para melhorar a aparência,
por exemplo, se a copa aparece descompensada.
Poda de floração do hibisco.
O hibisco é uma planta que floresce
nos ramos do ano. Uma gema axilar dá origem a um ramo na Primavera e é esse
ramo que vai produzir flores.
Por esse motivo, devemos procurar
que a planta produza uma grande quantidade de ramos novos cada ano o que
significará una grande quantidade de flores.
Esta poda deverá ser feita no
fim do Inverno, princípio da Primavera.
É uma poda com alguma
severidade provocando uma forte rebentação de novos ramos. Desta maneira a
planta manterá um tamanho mais pequeno e florescerá com abundância sobre os
ramos desse ano.
Se podarmos a planta pouco, ela
torna-se maior e também floresce, só que com menor abundância. Uma poda forte produzirá
mais flores.
Doenças e pragas do hibisco.
Manchas das folhas: são
geralmente castanhas e são causadas por diversos fungos que atacam as folhas (Alternaria,
Cercospora, Colletotrichum e Phyllosticta). Apanhar e queimar as folhas.
Aplicar fungicidas se as condições
de temperatura e humidade forem favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento
destes fungos.
Podridão cinzenta: o fungo chamado
Botrytis cinerea, em ambiente húmido e em plantas com a folhagem muita densa, pode
atacar as folhas e as flores do hibisco. Convêm evitar o excesso de folhas,
aumentado o arejamento e em caso de ataque deve-se aplicar um fungicida contra
a botrytis.
Ferrugem: folhas e ramos
jovens apresentam pústulas características da ferrugem. As pulverizações com
cobre podem deter o seu desenvolvimento.
Podridão das raízes: em
terrenos húmidos e pesados (compactos) as raízes poderão apodrecer devido ao
ataque de fungos como a Rhizoctonia e o Pythium. Evitar a humidade excessiva do
solo.
Pulgões, cochonilhas, aranhiço
vermelho (ácaros), mosca branca.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Lantana e Nerium
Lantana
Nome científico: Lantana
camara
Nome vulgar: Lantana
Origem: América tropical e
subtropical.
Arbusto de folha perene e de crescimento
rápido.
Folhas com 5 a 10 cm de comprimento, opostas,
de borda dentada. Pubescentes dos dois lados, ásperas, verde escuras na face
superior e mais claras na parte inferior e com um cheiro característico quando
esmagadas.
Flores agrupadas que são ao princípio
amarelas, passando ao laranja e tornando-se posteriormente vermelhas, começando
esta variação desde o exterior até ao centro da inflorescência, coexistindo flores com as três cores.
Esta espécie apresenta
diversos cultivares com flores totalmente amarelas e brancas.
Esta planta deve ser plantada
em pleno sol mas também se adapta bem a uma situação de meia sombra. É muito sensível
ao frio e muito resistente à seca.
Espécie de fácil cultivo. Adapta-se
bem a qualquer tipo de solo mas cresce melhor num terreno mais rico e bem
adubado.
No final do Inverno deve-se
podar os ramos pela metade para obter uma planta mais compacta.
Doenças e pragas
Fumagina – este fungo aparece
em consequência dos ataques das cochonilhas e dos pulgões. Devem-se combater os
insectos.
Alternariose – manchas redondas
de cor castanha nas folhas. Tratamentos preventivos com oxicloreto de cobre ou
zinebe logo que se notem as primeiras manchas.
Ferrugem – pústulas nas
folhas da planta características de um fungo chamado Puccinia. Suprimir e queimar
as primeiras folhas ou ramos atacados e proteger as restantes pulverizando com
um fungicida (zinebe, captana, daconil, mancozebe, cobre, etc.)
Murchidão – doença vascular
que se manifesta pela murchidão e consequente secagem das folhas devido ao
ataque de um fungo chamado Fusarium. Este fungo entra na planta através da raiz.
Com frequência observa-se uma alteração na zona do colo da planta. Evitar sempre
que possível o excesso de humidade.
Pulgões, cochonilhas, mosca branca
e nemátodos (da espécie Meloidogyne).
Loendreiro
Nome
científico: Nerium oleander
Nome vulgar: Loendreiro, loendros.
Origem: região Mediterrânica.
Habitat: ao longo das margens de rios e riachos.
Arbusto de folha perene e de crescimento rápido. É um dos
arbustos mais belos da região mediterrânica, podendo atingir os 6 metros de altura.
Folhas lanceoladas muito coriáceas com 6 a 12 cm de comprimento de cor verde
acinzentada.
Existem variedades de folha matizada (verdes com margens
amarelas).
Flores com 3 – 4 cm de diâmetro, geralmente de cor rosa embora
haja variedades com flores brancas, vermelhas e amarelas.
Normalmente floresce na Primavera e continua a floração
até ao Outono.
Planta muito tóxica. Todas as suas partes são
venenosas. A ingestão de qualquer pedaço tem efeitos venenosos.
Utilização: em exemplar isolado ou em maciços e também
em sebes.
Variedades de flor singela: Agnes Darac(rosa); Album
Roseum (branco rosado); Atropurpureum (vermelha); Aurantiacum (amarelo); Conde
Pusterla Cortesini (rosa damasco); Emile Shaut (vermelho veludo); Mont Blanc (branca).
Variedades de flor dobrada: Géant des Batailles (vermelho
escuro); Madoni Grandiflorum (branco); Pierre Rondier (rosa); Prof. Placon (laranja);
Tito Poggi (salmão).
Luz: esta espécie deve ser plantada directamente ao sol.
Espécie muito resistente pois aguenta a seca e tolera as
geadas. Resiste ao calor, ao vento e ao calcário do solo.
O loendreiro necessita de um solo com uma boa drenagem,
uma vez que se desenvolve em zonas arenosas.
Apesar da sua resistência à seca, para obter uma boa floração
deve regar-se convenientemente ou seja, uma rega cada 4 - 5 dias no verão. Em
vaso a frequência das regas terá de ser maior.
Relativamente à adubação durante o verão é conveniente
fornecer um bom adubo na água da rega.
Poda do loendreiro:
Poda de limpeza –
serve para eliminar os seguintes
elementos indesejáveis, de preferência no inverno (mas também em qualquer outra
época do ano): ramos mortos, secos, partidos ou doentes; ramos débeis ou mal orientados;
ramos que sobressaem muito do arbusto por excesso de vigor.
Se necessário corrige-se a assimetria para melhorar a aparência,
por exemplo, se a copa está descompensada.
Poda de floração –
deve ser feita depois da floração
principal do Verão.
Pode-se podar mais ou menos, segundo se queira ter uma
planta mais pequena e compacta ou então optar por despontar a planta unicamente
para mantê-la com um porte maior, ainda que algo desprovida de folhagem na
parte inferior.
Uma poda habitual é cortar o terço superior dos ramos que
deram flor e aos outros ramos rebaixá-los a uns 15 centímetros.
Não se deve podar o loendreiro na primavera porque a floração
será afectada.
Se optar por deixar um arbusto maior deve cortar logo
por baixo das flores murchas.
Doenças e pragas do
loendreiro
Necrose dos rebentos (gemas axilares) – doença produzida
por um fungo chamado Ascochyta heteromorpha e que se manifesta pelo
aparecimento de zonas necróticas ou de tecido morto na axila de algumas folhas.
Por vezes o problema pode estender-se a todas as gemas do mesmo ramo o qual acaba
então por secar.
Podar e queimar os ramos atacados e pulverizar os
outros com fungicida.
Manchas nas folhas – causadas por diversos fungos
como: Septoria oleandrina, Cercospora, Gloeosporium, Macrosporium e
Phyllosticta.
Fumagina – aparece devido ao ataque das cochonilhas e
dos pulgões. Combater estas duas pragas para evitar o ataque deste fungo.
Murchidão das flores – as flores murcham ou abortam
devido a uma necrose parcial ou total dos pedúnculos.
A doença deve-se a uma infecção das raízes por
Fusarium que obstrui os vasos condutores de seiva.
Pulgões / Cochonilhas / Lagartas (nas folhas)
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Camélia
Camélia
- Nome científico: Camellia japonica
- Nome vulgar:
Camélia
- Origem:
China e Japão.
Esta planta chegou á Europa vinda
do Oriente (Japão e Coreia) pela mão dos jesuítas.
Arbusto ou árvore de folha perene.
Planta de crescimento lento.
Arbusto excepcional pela sua
floração desde o Outono até à Primavera.
- Flores: As
flores, que podem ser singelas ou dobradas, aparecem na extremidade superior de
cada ramo e podem ter entre 7 e 12
cm de diâmetro.
A cor das flores vai do branco
ao vermelho.
- Folhas: folhas
persistentes, com borda dentada, de cor verde-escuro brilhante e com a face
inferior mais clara.
Existem mais de 3.000
variedades diferentes de Camellia japonica, número que a cada ano aumenta com o
aparecimento de novas variedades.
A espécie Camellia sasanqua é
uma espécie similar á Camellia japonica, que se diferencia desta por ter uma
floração mais precoce (Outono – princípios do Inverno).
As camélias são plantas
vistosas durante todo o ano. Utilizam-se nos jardins como elementos individuais
ou em sebes. Podem ser cultivadas em vaso.
- Luz: devem
ser colocadas numa posição onde possam apanhar alguma sombra sobretudo durante
as horas de sol mais intenso.
O sol directo forte torna as
folhas acastanhadas e fá-las perder a sua bonita cor verde. Estas plantas
beneficiam de uma humidade atmosférica elevada. Muito calor é-lhes prejudicial.
Os ventos frios e as geadas podem
danificar os botões florais pelo que é importante plantar as camélias ao abrigo
de um muro ou de uma sebe.
Em climas com temperaturas
inferiores a -5 ºC as camélias não sobrevivem.
A camélia aprecia um ambiente
húmido.
Precisam de solos ácidos,
porosos e com grande quantidade de matéria orgânica.
Nunca as plante em solo calcário.
Se as folhas ficam amarelas e os botões florais não abrem, é possível que o
solo não tenha a acidez necessária.
A boa drenagem é fundamental.
- Rega: necessita
de rega constante durante o Verão.
- Adubação: devemos
adubar logo que se torna visível o botão floral na extremidade de cada ramo.
É recomendável também de vez
em quando dar ás camélias algum adubo com quelatos de ferro ou um adubo
especial "ácido" para camélias ou plantas acidófilas como as hortênsias,
gardénias, urzes (ericas) e azáleas.
Distinguimos dois tipos
diferentes de poda nas camélias – a poda
de limpeza e a poda de floração.
- Poda de limpeza
Poda feita durante o Inverno.
Utiliza-se para eliminar os seguintes elementos indesejáveis: ramos mortos, secos
ou doentes, ramos fracos ou mal situados (mal orientados), ramos que sobressaem
muito do arbusto pelo seu excesso de vigor (chamam-se chupões).
Se for necessário, corrige-se
a assimetria para melhorar a aparência do arbusto, por exemplo, se a copa está descompensada.
- Poda de floração
Depois de aparecerem os
botões florais não se poda a camélia.
Devem-se despontar todos os
ramos no início da primavera após o fim da floração, cortando-se por cima da segunda
ou terceira gema lateral contada a partir da inserção do ramo. Destas gemas vão
surgir ramos que vão dar, na extremidade, flores.
Se quiser obter flores maiores
ainda que em menor quantidade, deve-se deixar um só botão floral por ramo,
retirando os outros botões até ao mês de Novembro.
- Doenças e pragas da camélia
Manchado das folhas: doença
provocada por um fungo chamado Phyllosticta camelliae. As folhas doentes devem
ser apanhadas e deitadas ao lixo ou queimadas. Pode-se tratar as plantas com
enxofre.
Manchas prateadas: são
manchas que dão um aspecto prateado à folha. O fungo causador desta doença
chama-se Pestalozzia guepini. Além de recolher e queimar as folhas afectadas
(mesmo as que caíram ao solo) pode proteger as outras aplicando um fungicida.
Galhas foliares: as folhas novas
ficam grossas e deformadas pelo fungo Exobasidium camelliae.
As folhas ficam com uma cor
branca rosada e uma consistência de cera. Arrancar e destruir as folhas doentes.
Pode-se pulverizar as outras folhas com um fungicida (zinebe).
Fumagina: combater as cochonilhas
e os pulgões para que não apareça este fungo.
Manchas nas flores: as manchas
nas pétalas podem ser causadas pelos fungos Ovulinia azaleae ou Sclerotinia
sclerotiorum.
Cancros da casca: são
produzidos por diversos fungos como Glomerella ou Phomopsis. Podar e queimar os
ramos que tenham cancros e se estiver no tronco, limpá-lo com uma navalha bem
afiada. Estes fungos entram por feridas.
Queda dos botões florais: antes
da flor abrir, a queda dos botões florais pode ocorrer por deficiências de
nutrientes no solo (por exemplo falta de boro ou zinco) ou então por mudanças
bruscas na temperatura.
Clorose (amarelecimento das
folhas): pode ocorrer por falta de algum elemento nutritivo no solo ou então
por asfixia ou apodrecimento das raízes.
Golpe de sol: o sol forte
directo pode produzir queimaduras (manchas castanhas) nas folhas da camélia.
Isto acontece muito quando se leva uma camélia que estava à sombra para uma
zona onde apanhe muito sol.
Podridão das flores: no caso
de chover e se as temperaturas não forem baixas, as flores poderão apodrecer
(ataque de um fungo chamado Botritis). Esta doença previne-se com um fungicida.
Cochonilhas / Pulgões
Vermes das raízes
Aranhiço vermelho e outros
ácaros.
De uma maneira preventiva
contra diversos fungos poderá desde a Primavera e até ao Outono aplicar
mensalmente nas suas cameleiras um fungicida como captana ou tirame.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Bouganvillea
Bouganvillea
A bouganvillea é uma trepadeira
conhecida pela sua espectacular floração. Em climas mais quentes, sem geadas,
floresce praticamente ao longo de todo o ano, inclusive no Inverno.
As duas espécies mais comuns
são a Bouganvillea glabra e a Bouganvillea spectabilis. De cada dessas espécies
existem diversas cultivares com flores (brácteas) de cores variadas como o branco,
rosa, amarelo, laranja, vermelho.
Deve ficar claro que o que comummente
chamamos "flores" da bouganvillea não são verdadeiramente flores, mas
sim brácteas. As brácteas são folhas modificadas que rodeiam a verdadeira flor
que é muito pequena, branca e sem valor ornamental.
Num jardim esta trepadeira
pode ter diversas utilizações:
1. Para cobrir paredes, pérgulas,
vedações, muros, grades, etc. Os ramos podem-se fixar usando arames.
2. Pode-se fazer com a bouganvillea
um arbusto arredondado e plantá-lo como espécimen isolado num jardim ou num vaso.
3. É adequada para criar uma
sebe florida.
4. Pode-se usar como rastejante
para cobrir um talude.
A bouganvillea é uma planta
resistente - aguenta solos pobres, a falta de água e a falta de cuidados. Não
gosta nem de frio nem de excesso de água.
Vamos ver como se cultiva e
quais os possíveis problemas um a um.
Luz
No jardim deve-se situar num
local onde apanhe o máximo de sol, recebendo o máximo de luz possível.
Temperatura
A Bouganvillea spectabilis
aguenta até -3 ºC e a Bouganvillea glabra até -7 ºC. Abaixo de 5 ºC ambas as
espécies perdem as folhas, entrando em repouso vegetativo. No nosso clima é normal
que as bouganvilleas percam as folhas no Inverno e que no início da Primavera
voltem a rebentar.
Deve-se colocar as
bouganvilleas junto a uma parede protegida e virada a sul, pois isso aumenta a
sua resistência ao frio. De uma maneira geral quanto mais velha é a planta mais
resistente se torna ás baixas temperaturas.
Rega
No Verão uma planta em vaso
deve ser regada 2 a
3 vezes por semana. As plantas no jardim só precisam de água uma vez por
semana.
É fundamental que o solo tenha
uma boa drenagem e que não fique encharcado. No caso dos vasos é importante
manter os orifícios de drenagem convenientemente desobstruídos.
Adubação
No caso de plantas em vaso
podemos juntar um pouco de adubo líquido à água de rega. Na Primavera e no
Verão um pouco de adubo a cada 15 dias é perfeitamente suficiente.
Algumas vezes as plantas
mostram sintomas de carência de nutrientes apresentando folhas amarelecidas.
Neste caso um adubo com quelatos de ferro pode ser uma boa solução para que as
plantas recuperem a cor verde normal.
Poda
• A poda deve ser feita no
final do Inverno / início da Primavera. Com a poda procura-se limitar o tamanho
da planta e estimular um desenvolvimento mais luxuriante e compacto e uma maior
floração.
• A poda deve ser feita
cortando os ramos que surgiram nesse ano, deixando uns 5 cm sobre o ramo ou haste
principal. Os ramos que vão servir para fazer crescer a planta por exemplo ao
longo de uma parede não deverão ser podados.
• Alguns ramos mais velhos
podem ser eliminados e substituídos por hastes mais novas que devem ser
amarradas à estrutura de suporte.
• Se plantar uma nova bouganvillea
junto de uma parede os primeiros ramos devem ser fixados horizontalmente para
que a partir daí cresçam hastes verticais que vão preencher a parede.
• No caso de uma bouganvillea
em vaso, por exemplo com a forma de uma bola, é conveniente podar anualmente até
um terço do seu volume.
Pragas e Doenças
Cochonilhas - É a praga mais frequente. Cravam um bico e chupam a
seiva das folhas e dos ramos tenros. As cochonilhas excretam um líquido açucarado
(uma espécie de melaço) sobre o qual se desenvolve um fungo de cor negra
(fumagina).
Para combater as cochonilhas
deve-se aplicar um insecticida sistémico.
Pulgões - O pulgão alimenta-se chupando a seiva das plantas e
provoca a deformação quer das folhas quer das hastes atacadas. Também excretam o
mesmo tipo de melaço sobre o qual se desenvolve posteriormente a fumagina.
Aranhiço vermelho (ácaros) - Chupam a seiva das
folhas e provocam o amarelecimento destas e um enfraquecimento geral da planta
(perda de vigor).
Tratamento com acaricidas.
Mosca branca - Insecto que provoca um amarelecimento
da folhagem e um enfraquecimento da planta (perda de vigor).
A mosca branca leva igualmente
ao aparecimento da fumagina sobre o melaço libertado pelas larvas da mosca.
Oídio - Fungo que forma una camada branca sobre as folhas. Ao
regar deve-se evitar molhar as flores e as folhas para não favorecer o ataque
deste fungo.
Combate-se aplicando um
fungicida anti-oídio.
Clorose (perda da cor verde das folhas) por deficiência
de nutrientes – a mais comum é a falta de ferro que provoca um
amarelecimento das folhas.
A maneira mais eficaz de
corrigir o problema é aplicar (na rega ou por pulverização nas folhas) um adubo
especial rico em ferro (quelatos de ferro).
Encharcamento do solo – provoca o apodrecimento e a
asfixia das raízes. As folhas ficam amarelas e a planta pode acabar mesmo por
morrer.
Subscrever:
Mensagens (Atom)